Os goleadores das copas

A Copa do Mundo de 1958, disputada na Suécia, é para os brasileiros marcante por vários motivos. Além de ser a primeira copa conquistada pelo Brasil, revelou para o mundo aquele que viria a ser o Rei do Futebol. Com apenas 17 anos, Pelé foi a estrela do torneio, porém seu estrelato teve que ser dividido. Nesta copa, o francês Just Fontaine marcou 13 gols. Até hoje é o maior número de gols marcados numa única edição. Nesta mesma copa, Pelé se tornou o jogador mais novo a marcar um gol em uma copa, quando aos 17 anos e 239 dias assinalou na partida contra o País de Gales.

Just Fontaine
 Gols de Just Fontaine na Copa de 1958



Gol de Pelé contra o País de Gales na Copa de 1958




Já em 1994, a partida entre Rússia e Camarões nada teria de especial, uma vez que ambas as seleções se enfrentaram já eliminadas. Contudo, esse jogo acabou entrando para a história por dois motivos. Nele o mundo veio a conhecer Oleg Salenko, jogador russo que na época atuava pelo modesto Logroñes da Espanha. Salenko marcou 5 gols na partida, tornando-se assim o jogador a ter marcado o maior número de gols numa partida de copa. Para completar, o gol de honra de Camarões, que perdeu por 6 a 1, foi marcado pelo veteraníssimo Roger Milla, consagrando a lenda camaronesa como o jogador mais velho a marcar um gol em uma copa. O sexto gol russo foi marcado por Radchenko.

Milla e Salenko após partida histórica



Cabe ao Fenômeno um outro recorde. Ronaldo é o jogador que marcou o maior número de gols em copas do mundo. Apesar de ter participado de quatro edições (1994 a 2006), os 15 gols de Ronaldo foram marcados apenas em três edições, uma vez que ele não saiu do banco na edição de 1994. Foram 3 gols em 1998, 8 em 2002, quando foi artilheiro da competição e 3 em 2006.


    Brasil x Resto do Mundo 1990 - 50 anos de Pelé

    Para comemorar o cinqüentenário de vida do Rei Pelé, a CBF organizou para o dia 31 de outubro de 1990 um amistoso entre a Seleção Brasileira, com a participação do Rei do Futebol e o Combinado do Resto do Mundo, uma seleção dos melhores jogadores que disputaram a Copa do Mundo de 1990, ocorrida quatro meses antes. O jogo ocorreu no Estádio Giuseppe Meazza, em Milão (Itália).


    A Seleção fizera uma campanha medíocre na Copa do Mundo da Itália e estava num processo de reformulação, mas o que se via era um seleção composta por jogadores inexpressivos. Ficaram de fora jogadores como: Branco, Bebeto, Romário, Raí, Careca, Junior, Roberto Dinamite, Éder, Jorginho, Ricardo Gomes, Taffarell, Mauro Galvão, Valdo, Dunga, Zico que acabara de encerrar a carreira.

    Três brasileiros jogaram pelo selecionado do Resto do Mundo. Alemão, Júlio César e João Paulo atuavam na Europa.

    Pelé jogou por 43 minutos, substituído por Neto. Poderia ter marcado o último gol de sua carreira se não fosse o atacante Rinaldo, do Fluminense, que protagonizou um lance que entrou para a história. O jogador tricolor partiu pela esquerda contra apenas um zagueiro, enquanto Pelé vinha a seu lado totalmente desmarcado (propositalmente, talvez), só esperando receber a bola para marcar o gol. Rinaldo – infelizmente – não tocou e ainda perdeu o gol.

    Neto fez o gol do Brasil, de falta, enquanto o espanhol Michel e o romeno Gheorghe Hagi, marcaram os gols do Combinado do Resto do Mundo.

    BRASIL: Sérgio [Santos] depois Ronaldo [Corinthians]; Gil Baiano [Bragantino] depois Bismarck [Vasco], Paulão [Cruzeiro], Adílson [Cruzeiro] depois Cléber [Atlético-MG] e Leonardo [São Paulo] depois Cássio [Vasco]; César Sampaio [Santos], Donizete Oliveira [Grêmio] depois Luís Henrique [Bahia], Cafu [São Paulo] e Pelé depois Neto [Corinthians]; Charles [Bahia] depois Valdeir [Botafogo] e Rinaldo [Fluminense] depois Careca Bianchezzi [Palmeiras] . Técnico: Paulo Roberto Falcão. 

    RESTO DO MUNDO: Sérgio Goycoechea/ARG (Michel Preud’Homme/BEL), (Thomas N’Kono/CAM), (René Higuita/COL); Leo Clijsters/BEL (Emmanuel Kunde/CAM), Júlio César/BRA, Oscar Ruggeri/ARG (Sergej Alejnikov/BUL), Hugo Eduardo De León/URU (Lajos Detari/HUN); Michel/ESP (Gabriel Calderón/ARG), Alemão/BRA (José Basualdo/ARG), Rafael Martín Vasquez (Gheorghe Hagi/ROM) e Carlo Ancelotti/ITA (Enzo Francescoli/URU); Marco Van Basten/HOL (Hristro Stoichkov/BUL) e Roger Milla/CAM (João Paulo/BRA). Técnico: Franz Beckenbauer/ALE.




    Texto adaptado de Mais Memória.

    Leste contra Oeste - A história dos confrontos entre Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental

    Ao longo dos anos de suas existência separadas, as seleções da RDA (República Democrática Alemã - Alemanha Oriental) e a RFA (República Federal da Alemanha - Alemanha Ocidental) jogaram entre si apenas algumas vezes. 

      
    O único jogo que reuniu os profissionais foi o realizado na Copa do Mundo de 1974,  onde a Alemanha Oriental venceu por 1 a 0.  


    Alemanha Oriental 1 x 0 Alemanha Ocidental




    El Salvador x Honduras 1969 - Eliminatórias para a Copa de 1970 e a Guerra do Futebol

    Os esportes são parte importante da vida cotidiana na sociedade moderna.  Mobilizando milhões por todo mundo – praticando, assistindo, trabalhando, torcendo e, principalmente, consumindo –, o esporte se faz presente em diversas esferas da vida social. Dentro deste quadro de presença dos esportes na sociedade moderna, é indubitável que o futebol ocupa uma posição de destaque.  Nenhuma outra prática da cultura popular envolve a tantos e desperta tamanho interesse e paixão.

    Tal é a força de identificação nacional do futebol, que este esporte já foi até mesmo considerado o estopim de uma guerra entre El Salvador e Honduras, conhecida como a Guerra do Futebol. Na realidade, entre as verdadeiras causas da guerra está uma antiga disputa em relação à imigração de salvadorenhos para Honduras, a posição privilegiada de El Salvador no Mercado Comum Centro Americano (MCCA), por ser o país país mais rico e industrializado da região, e principalmente por uma reforma agrária hondurenha no início de 1969, que serviria de pretexto para a expulsão de salvadorenhos das terras do país e visava redistribuir suas terras a cidadãos hondurenhos.




    Brasil x Croácia 1996

    Em 1996 o Brasil enfrentou a Bósnia em um amistoso na cidade de Manaus. Foi o primeiro jogo do Brasil contra uma seleção principal de um país que fazia parte da Iugoslávia.

    Porém, este não foi o primeiro confronto do Brasil contra uma seleção oriunda da Iugoslávia. No mesmo ano da partida contra a Bósnia, mas sete meses antes, o Brasil enfrentou a Croácia, também em Manaus. Vale contudo ressaltar, que o amistoso foi realizado com as seleções olímpicas, já que o Brasil se preparava para os Jogos Olímpicos de Atlanta.

    Os croatas deram trabalho e o Brasil não passou de um empate por 1 a 1.



    20 curiosidades sobre as copas (parte II - final)

    Parte I

    11. Um dia infernal para os narradores (1986)

    Inglaterra x Marrocos se enfrentavam na Copa de 86, e tudo corria tranquilo, apesar do 0 x 0 no placar. Aos 31 minutos do 2o tempo, o técnico inglês Bobby Robson resolve tirar Mark Hateley e colocar Gary Stevens, camisa 15, em campo. Tudo certo se não fosse um detalhe: o camisa 2 da Inglaterra, que havia começado o jogo e estava em campo, se chamava… Gary Stevens. Ambos defensores, mas um jogava no Everton, e o outro no Tottenham. Tá certo que nos jogos da Coréia, a profusão de Kims e Parks é grande, mas nome e sobrenome iguais foi a primeira vez. Imagino como os narradores devem ter adorado a situação.


    12. A regra é clara? (1974)

    A seleção do Zaire (atual República Democrática do Congo) foi à Copa de 74 para ser o saco de pancadas. Em jogo contra a Iugoslávia, levou de 9 x 0.

    Contra o Brasil, na última rodada do grupo, um jogador mostrou o quão inocente e despreparada era aquela seleção. O Brasil tinha uma cobrança de falta; assim que o juiz apitou, o jogador Mwepu simplesmente correu para a bola e chutou para longe, antes que um brasileiro tocasse na bola. Recebeu cartão amarelo e ainda questionou o juiz. Claro: se ele tinha apitado, qualquer um podia chutar!



    20 curiosidades sobre as copas (parte I)

    Essa postagem foi retirada da internet e possui algumas adaptações deste blog.

    Busquei a fonte correta do texto, mas devido a inúmeras reproduções sem autoria não pude descobrir o verdadeiro autor para dar os créditos. A pesquisa de vídeos e imagens foi realizada por este blog.

    Algumas histórias contidas carecem de confirmação e outras parecem ser apenas lendas do futebol, contudo não deixam de ser curiosas.

    Parte II

    1. Juiz maluco (1978)

    A estréia do Brasil na Copa de 78 foi num duríssimo embate com a Suécia. Com o placar de 1 x 1, o Brasil tem um escanteio exatamente aos 45 do segundo tempo. Nelinho cobra, e a bola vem na cabeça de Zico, que faz o que seria o gol da vitória brasileira. Seria, porque o árbitro Clive Thomas, em atitude estranhíssima, terminou o jogo logo após autorizar a cobrança de Nelinho, ou seja, com a bola no ar. Apesar das reclamações brasileiras, o gol não valeu e o jogo terminou 1 x 1 mesmo.

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    A Vergonha de Gijón - Alemanha Ocidental x Áustria - Copa do Mundo de 1982

    O grupo B da Copa do Mundo da Espanha em 1982 contava com um franco favorito, a Alemanha Ocidental. Ao lado dos alemães encontravam-se Chile, Áustria e a estreante em copas, Argélia.

    Logo no primeiro jogo do grupo, os africanos já aprontaram a primeira surpresa. Vitória sobre a Alemanha por 2 a 1. Na outra partida da primeira fase, Áustria 1 a 0.

    Na segunda rodada, a Alemanha se recupera com uma goleada sobre o Chile, enquanto a Áustria bate os argelinos.

    Chegada a última rodada. Argélia e Chile se enfrentariam no dia 24 de junho e a Alemanha Ocidental e a Áustria no dia seguinte. Na primeira partida, vitória argelina por 3 a 2. Resultado?

    Alemães e austríacos entraram em campo no dia seguinte sabendo exatamente o que deveriam fazer para ambas as equipes se classificarem. Um empate ou uma vitória dos alemães por apenas um gol de diferença classificava as duas equipes. 

    Logo aos 9 minutos de jogo, o gol alemão, Hrubesch. Com isso, o que se viu no estádio El Molinón em Gijón foi uma das mais patéticas exibições já ocorridas em copas. Com ambas as equipes classificadas, alemães e austríacos se restringiram a tocarem a bola despretenciosamente pelos 81 minutos restantes de jogo.






    Felizmente a FIFA aprendeu a lição e após esse episódio, instituiu que as partidas da última rodada dos grupos deveriam ser simultâneas.

    Chile x União Soviética - Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1974

    As eliminatórias para a Copa do Mundo de 1974 corriam em sua total normalidade. Alemanha Ocidental e Brasil já estavam classificados para o torneio por serem o país sede e os defensores do título, respectivamente.

    No total restavam 14 vagas sendo divididas da seguinte maneira: UEFA: 8,5 vagas foram disputadas por 32 times, a última vaga seria disputada contra um representante da CONMEBOL; América do Sul CONMEBOL: 2,5 vagas seriam disputadas por 9 times, a última vaga seria disputada contra um representante da UEFA; CONCACAF: 1 vaga disputada por 14 times; CAF: 1 vagas disputada por 24 times; AFC e OFC: 1 vaga disputada por 18 times.

    O "gol fantasma" de Valdez

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